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"Expedição de "Langsdorff"
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..Livro
virtual completo >
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A
Expedição Langsdorff foi uma expedição
russa organizada e chefiada pelo barão
Georg Heinrich von Langsdorff, médico
alemão naturalizado russo, que percorreu,
entre os anos de 1824 a 1829, mais de dezesseis
mil quilômetros pelo interior do Brasil,
fazendo registros dos aspectos mais variados
de sua natureza e sociedade, constituindo o
mais completo inventário do Brasil no
século XIX. |
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A
expedição fazia parte do esforço
do Governo do Czar Alexandre I para reavivar
as relações comerciais entre
o Brasil e a Rússia que haviam sido
muito prejudicadas pelo embargo imposto por
D. João VI. Contando com o apoio do
jovem Imperador D. Pedro I e de José
Bonifácio que forneceram, em nome do
Império, créditos vultosos e
vantagens alfandegárias a expedição
visava "descobertas científicas,
investigações geográficas,
estatísticas e o estudo de produtos
desconhecidos no comércio"
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As
pesquisas se iniciaram com breves viagens
a Minas Gerais, em 1824, e pelo interior do
estado de São Paulo, em setembro de
1825. A
viagem se realizou em duas partes. A primeira,
em 1824, em Minas Gerais. Nessa etapa, o pintor
Johann Moritz Rugendas realizou inúmeras
pinturas. Depois, desistiu de acompanhar a
expedição russa, seguindo trajetória
própria. Após consultar pessoas
de sua confiança do interior da Província
de São Paulo ( a família Engler,
de Itu, especialmente), o Barão de
Langsdorff decidiu que a segunda etapa da
viagem para o interior do país
- seria feita por rios.
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A
viagem foi organizada em Porto Feliz (SP), com a participação
do médico e político dessa cidade, Dr.
Francisco Álvares Machado. Sua partida se deu
em 22 de junho de 1826, do porto no Rio Tietê,
Porto Feliz. Trajeto: Rios Tietê, Paraná,
Pardo,Coxim,Taquari, Paraguai,São Lourenço,Cuiabá,
Preto, Arinos, Juruena, Tapajós, Amazonas.
Principais tripulantes, além do comandante:
os artistas Aimé-Adrien Taunay e Hercules Florence,
os zoólogos Ménétriès
e Hasse, o astrônomo da Marinha Russa Néster
Rubtsov, e o botânico Ludwig Riedel. Em janeiro
de 1828, no Mato Grosso, Taunay se afogou no Rio Guaporé
e Langsdorff teve um colapso perto de Diamantino. |
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O
diário de bordo ficou por conta do Barão
de Langsdorff, que o escreveu até o dia 20
de maio de 1828, quando a Expedição
encontrava-se em Tocarizal, à margem do Rio
Juruena, um pouco depois do Salto Augusto. Sentindo-se
em grandes problemas de saúde, escreveu:
Todos à minha volta estão doentes;
apenas Florence está em condições
de escrever o diário, que vou incorporar
ao meu, conforme se verifica no livro sobre
a Expedição Langsdorff, de Dayz.P.Fonseca,
"O Viajante Hércules Florence - águas,
guanás e guaranás".
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O
Retorno: De Belém (Pará) ao Rio de
Janeiro, o retorno se deu pela costa brasileira.
O barco aportou a capital do Império em 10
de março de 1829. O diário de bordo
de Hércules foi publicado em 1875, pelo Instituto
Histórico e Geográfico do Rio de Janeiro,
sendo que posteriormente, teve várias edições
comerciais, com o título de Viagem
Fluvial do Tietê ao Amazonas 1825-
1829.
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O
material coletado pela expedição,
inclusive o diário de bordo do Barão
de Langsdorff, encaminhado à Rússia,
somente foi encontrado cerca de um século
mais tarde, conforme esclarece o Sr. Boris Komissarov,
em seu livro Expedição Langsdorff,
Acervos e Fontes Históricas. O
diário de Langsdorff foi publicado no Brasil
em 1997, pela Editora Fiocruz, depois de um intenso
trabalho de pesquisadores e cientistas.
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