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©
Beinecke
Rare Book and Manuscript Library, Yale
University |
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O
Manuscrito Voynich é um
misterioso livro ilustrado com um conteúdo
incompreensível. Imagina-se que
tenha sido escrito há aproximadamente
600 anos por um autor desconhecido que
se utilizou de um sistema de escrita não-identificado
e uma linguagem ininteligível.
É conhecido como "o livro
que ninguém consegue ler". |
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Ao
longo de sua existência registrada,
o manuscrito Voynich tem sido objeto de
intenso estudo por parte de muitos criptógrafosamadores
e profissionais, incluindo alguns dos
maiores decifradores norte-americanos
e britânicos ao tempo da Segunda
Guerra Mundial (todos os quais falharam
em decifrar uma única palavra).
Esta sucessão de falhas transformou
o manuscrito Voynich num tema famoso da
história da criptografia, mas também
contribuiu para lhe atribuir a teoria
de ser simplesmente umembuste muito bem
tramado uma sequência arbitrária
de símbolos. |
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A
teoria hoje mais aceita é de que
o manuscrito tenha sido criado como arte
no século XVI como uma fraude.
O fraudador teria sido o mago, astrólogo
e falsário inglês Edward
Kelley com ajuda do filósofo John
Dee para enganar Rodolfo II da Germânia
(doSacro Império Romano-Germânico). |
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Foi
datado por carbono como se fosse do começo
do século XV (1400). Segundo a
datação, Kelley não
o poderia ter escrito pois nasceu meio
século depois. |
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Vendo
torres que se assemelham a uma cidade há uma
teoria que diz que foi escrito no norte da Itália.
O livro ganhou o nome do livreiro polaco-estadunidense
Wilfrid M. Voynich, que o comprou em 1912. A partir
de 2005, o manuscrito Voynich passou a ser o item
MS 408 na Beinecke Rare Book and Manuscript Library
da Universidade de Yale. A primeira edição
fac-símile foi publicada em 2005 (Le Code Voynich),
com uma curta apresentação em francês
do editor, Jean-Claude Gawsewitch.
O
volume, escrito em pergaminho de vitelo, é
relativamente pequeno: 16 cm de largura, 22 de altura,
4 de espessura. São 122 folhas, num total
de 204 páginas. Estudos consideram que o
original teria 272 páginas em 17 conjuntos
de 16 páginas cada, outros falam em 116 folhas
originais, tendo 1 se perdido.
Percebe-se,
pelos espaços ao final direito das linhas,
que o texto é escrito da esquerda para a
direita, sem pontuação. Análise
grafológica mostra uma boa fluência.
No total são cerca de 170 mil caracteres,
20 a 30 letras se repetem, umas 12 aparecem só
1 ou 2 vezes. Os espaços indicam haver 35
mil palavras; os caracteres têm boa distribuição
quantitativa e de posição, alguns
podem se repetir (2 e 3 vezes), outros não,
alguns só aparecem no início de palavras,
outros só no fim; análises estatísticas
(análise de frequência de letras) dão
ideia de uma língua natural, europeia, algo
como inglês ou línguas românicas.
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Conforme
o linguista Jacques Guy, a aparente
estrutura do texto indica semelhanças
com línguas da Ásia
do Sul e Central, sendo talvez
uma Língua tonal, algo
como línguas Sino-tibetanas,
Austro-asiáticas ou Tai |
Conforme
datação por Carbono
14 feita pela Universidade do
Arizona, o pergaminho data do
início do século
XVI ; Conforme a análise
do Mc.Crone Research Institut
a tinta é da mesma época,
embora as cores dos desenhos sejam
posteriores. |
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Nas
páginas finais aparecem
anotações mais
recentes feitas em letras latinas
nas formas de alfabetos europeus
do século XV.
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Acompanha
o texto uma quantidade significativa
de ilustrações
em cores que representam uma
ampla variedade de assuntos;
os desenhos permitem que se
perceba a natureza do manuscrito
e foram usados como pontos de
referência para os criptógrafos
dividirem o livro em seções,
conforme a natureza das ilustrações.
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O
manuscrito Voynich deve sua denominação
a Wilfrid Michael Voynich, um
americano de ascendência
polonesa, mercador de livros,
que adquiriu o livro no colégio
Jesuíta de Villa Mondragone,
em Frascati, em 1912, através
de padre jesuíta Giuseppe
(Joseph) Strickland (1864-1915).
Os Jesuítas precisavam
de fundos para restaurar a vila
e venderam a Voynich 30 volumes
da sua biblioteca, que era formada
por volumes do Colégio
Romano que tinham sido transportados
ao colégio de Mondragone
junto com a biblioteca geral dos
Jesuítas, para evitar sua
expropriação pelo
novo Reino de Itália. Entre
esses livros estava o misterioso
manuscrito. |
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Copyright
© Horacio Gerpe 2015
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